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Hospital de campanha de Cotia: profissionais relatam omissão de mortes, falta de materiais e demissões

Demissão coletiva (inclusive de funcionários com atestado), precarização no trabalho, mortes abafadas e muitos profissionais com covid-19. O Repórter Regional conversou com ex-funcionários da unidade que relataram o caos vivido no dia a dia dos plantões

Redação
Por: Redação Fonte: José Rossi Neto
19/05/2020 às 11h02
Hospital de campanha de Cotia: profissionais relatam omissão de mortes, falta de materiais e demissões
Arte da capa: Koab

 

Reportagem de José Rossi Neto

Sem EPIs (Equipamento de Proteção Individual) suficientes; materiais emprestados de outras unidades; falta de aventais nos plantões; precarização no trabalho; profissionais doentes; demissão em massa; óbitos de pacientes abafados. Essas são algumas das denúncias relatadas por profissionais da saúde que trabalharam, até esse domingo (17), no hospital de campanha de Cotia, também conhecido como hospital da tenda ou Centro de Combate e Referência ao Coronavírus.

Contratados pelo Instituto Bom Jesus (IBJ), empresa que até então era responsável pela administração da tenda, todos foram demitidos, inclusive aqueles que estavam sob atestado médico por terem contraído a covid-19 - o que foi reconhecido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) como doença ocupacional, o que pode revelar ilegalidade das demissões.

Na semana passada, a prefeitura lançou um edital de um processo seletivo que visava a contratação de diversos profissionais da área da saúde para trabalharem na tenda. Questionada se já havia a previsão da demissão dos funcionários do IBJ, a prefeitura não retornou.

“Para a nossa surpresa, ficamos sabendo desse edital que vão demitir todos que estão na linha de frente, sofrendo sem horário de janta e sem descanso de uma hora devido tanto serviço, coletas de exames e medicações. Eles vão desligar todo mundo do instituto e contratar pela prefeitura. Diversos funcionários foram afastados porque ficaram doentes lá na tenda”, denuncia um dos quatro profissionais da saúde que trabalharam no hospital de campanha e que cederam, com exclusividade, entrevista ao O Repórter Regional nesse domingo (17).

No dia da entrevista, apenas dois já havia se desligado da unidade, os outros ainda não tinham certeza se seriam ou não demitidos. De todo modo, todos preferiram condição de anonimato, para não serem prejudicados em futuros empregos, já que continuam sendo funcionários do IBJ. Procurada, a empresa, até o momento, não explicou a demissão coletiva.

Como se tratam de várias denúncias, a reportagem vai destacar uma por uma em tópicos. Confira abaixo:

ÓBITOS ABAFADOS E PROFISSIONAIS DOENTES

Entre os relatos que mais chamam a atenção, os óbitos ocorridos na tenda, segundo os profissionais ouvidos pela reportagem, estão sendo abafados pela Prefeitura de Cotia.  

O Repórter Regional publicou, com exclusividade, na última quinta-feira (14), a notícia sobre a morte da moradora de Caucaia do Alto, Julieta Maria dos Santos, de 82 anos, que chegou a ficar internada na unidade por cinco dias.

A causa de sua morte ainda não foi confirmada pelo resultado do exame conclusivo, mas Julieta fez o teste rápido, que deu positivo para covid, e também tomografia, que veio com alterações sugestivas para a doença.

A Prefeitura de Cotia foi procurada na ocasião para se posicionar a respeito, mas até hoje não houve sequer uma nota sobre o óbito de Julieta.

Julieta Maria dos Santos, 82, faleceu na semana passada no hospital de campanha de Cotia. Foto: Arquivo pessoal

 

O título da matéria, ‘Hospital de campanha de Cotia registra primeira morte com suspeita de covid-19’, no entanto, foi questionado pelos profissionais da saúde que trabalharam na unidade. De acordo com eles, esse não foi o primeiro e nem o único óbito dentro da tenda.

“Já teve óbito por falta de oxigênio, mas foi abafado. No meu penúltimo plantão, foram dois. Um plantão antes, me falaram que foram mais dois. Antes destes quatro, teve outro que foi o primeiro por falta de oxigênio, que acabou e ninguém sabia onde ficava o oxigênio da UTI (ala vermelha) da unidade. Só depois que nos passaram que fica atrás da tenda”, disse uma enfermeira.

Uma técnica de enfermagem relatou também que os ventiladores da tenda são adequados, mas o que falta, segundo ela, são médicos para entubar. De acordo com essa profissional, no início de abril, um paciente veio a óbito pela demora para ser entubado. Ele faleceu no Hospital Regional de Cotia dois dias depois de ser transferido.

“Para entubar o paciente levou quase duas horas. Demorou demais. Está faltando médico qualificado para entubar. Outro paciente que morreu lá foi porque o torpedo de oxigênio acabou, porque são dois torpedos, um deles esvaziou e nenhum funcionário sabia onde era a maçaneta que movimentava para usar o outro torpedo. Ia entubar o paciente e não tinha oxigênio.”

Outra técnica de enfermagem relatou um caso semelhante. “Morrem pacientes todos os dias, porque não tem o tubo. Pegaram alguns médicos novos que não sabem entubar. Esses dias foram entubar um paciente e colocaram todos os tipos de tubo, e não conseguiram. Ele morreu. E era um paciente que não estava com o pulmão debilitado. As pessoas estão morrendo por falta de cuidado, porque não tem suporte e nem medicação. Estão levando as pessoas lá para morrerem sozinhas. A gente não pode fazer nada, a gente não pode falar nada”, desabafa.

Essa e outras mortes poderiam ter sido evitadas, segundo as profissionais, se o quadro de funcionários estivesse completo. Apenas em um dos plantões noturnos, a redução foi de praticamente 50%. A equipe começou com 17 e chegou a ficar com oito, apenas. Motivo: todos que foram afastados contraíram a covid-19.

A empresa IBJ, também responsável pelas unidades de saúde de Caucaia do Alto, Pq. São George e Atalaia, não contratou mais funcionários “porque não previa que adoeceriam tantos assim”. “Mas isso é culpa deles, porque eles não dão material adequado de proteção”, disse uma enfermeira (confira a denúncia sobre a falta de materiais no subtítulo ‘precarização’.

A reportagem teve acesso a conversas feitas em grupos de WhatsApp dos funcionários da tenda, que comprovam a ausência de funcionários nos plantões e a dificuldade em substituí-los. Confira nos prints abaixo:  

Segundo os profissionais com quem a reportagem conversou, alguns técnicos de enfermagem foram remanejados de outras unidades, como de Caucaia do Alto, por exemplo.

Na falta de um enfermeiro especializado para ficar na triagem, o que deveria ser o procedimento correto, de acordo com protocolo do Conselho Regional de Enfermagem (Coren), o hospital de campanha improvisou uma técnica de enfermagem sem experiência para fazer o serviço. Veja o print da conversa abaixo.

IDOSOS AMARRADOS

Uma das técnicas de enfermagem relatou que os idosos, que somam a maioria das internações na tenda, ficam amarrados nos leitos por não ter funcionários suficientes para cuidarem deles. “Como tem pouco funcionário, os médicos mandam restringir esses idosos na cama para não ter perigo de caírem”, disse.

Ela afirmou, ainda, que uma idosa chegou a morrer por parada cardíaca, tamanho nervoso que passou durante a internação, devido ao fato de terem a amarrado no leito.

“Ela não parava de chorar um minuto. Ela falava ‘me tira daqui, me solta, pelo amor de Deus’, e ficava orando. Ela já estava com uma saturação não boa e, devido ao nervoso, juntou uma coisa com a outra. Aí deu uma parada cardíaca nela e, como tinham poucos funcionários, ninguém viu que ela estava com parada. Os médicos foram lá, tentaram reanimá-la, mas a gente já sabia que ela estava morta. Só deu suporte mesmo porque tinha que dar. Quando eles comunicaram o óbito dela, falaram como se ela tivesse morrido no dia seguinte, e não no dia que morreu, de fato. Ela tentou fugir por duas vezes. Ela tentou sair pela porta da frente e a gente conseguiu pegar ela lá fora. Da segunda vez, ela foi até a cozinha tentar ir embora. Ela falou que não ia ficar naquele lugar, que ia sair de lá morta, e saiu.”

PRECARIZAÇÃO

Outra condição relatada por eles é em relação a falta de materiais básicos, como aventais, suporte para levar medicamentos e EPIs (Equipamento de Proteção Individual).

O avental, de acordo com os profissionais, são descartáveis e, portanto, deveria ser trocado a cada procedimento. Mas não era isso que ocorria. “Era um por plantão, independentemente do procedimento que fosse fazer. Não era para trocar o avental, era para borrifar álcool e usar o mesmo. Na hora que você termina o procedimento, não pode trocar o avental. Eu me neguei a fazer esse procedimento e, ainda assim, me contaminei. Estou em casa de atestado ainda”, relatou uma técnica.

O fato de ir em diversos leitos com o mesmo avental pode causar o que eles chamam de ‘contaminação cruzada’. “Você vai até um paciente contaminado, aí eu vou no banheiro com o avental contaminado, aí você acha que eu não vou encostar no avental? O avental está no meu corpo. O certo era tirar aquele avental e depois, quando for atender um paciente, usar um outro”, explica um enfermeiro.

Na semana passada, a reportagem recebeu uma informação de que o hospital da tenda recebeu uma doação de aventais para os pacientes. Moradores de um residencial do Alphaville fizeram arrecadações em dinheiro e materiais para a costura dos aventais.

Em vídeo, a doutora Ana Paula agradeceu as doações e pediu desculpas aos moradores por não fazer um vídeo mais ‘bonitinho’, pelo fato de ter pacientes em emergência na tenda. Ela ainda disse que precisou cortar a roupa de um paciente na emergência e não tinha um avental para por nele. “Vocês estão fazendo toda a diferença”, disse no vídeo.

Unidade recebeu doação de aventais que foram levados em sacos dentro de um carrinho do supermercado Pedroso. Foto: Reprodução

 

E o problema com a precarização no trabalho não está somente na falta de aventais. As cuba rim, um suporte de inox usado para levar materiais de coleta de sangue e medicamentos, estão em falta. Segundo os profissionais, tem apenas duas em todo o hospital. Na falta dessa cuba, auxiliares e enfermeiros são obrigados a usar bandejas de refeições que ficam na copa da unidade.

“Nós vamos até a copa, pegamos a bandeja que os pacientes se alimentam para colocar lá dentro as medicações. Não tem material. Você tem várias medicações tudo no mesmo horário. Os que forem mais rápidos, pegam a cuba rim, enquanto isso, os outros tem que se virar. Tem que ir lá na copa e pegar as bandejas. Depois volta para a copa e o funcionário acaba comendo na mesma bandeja”, disse o enfermeiro.

A falta de EPIs também dificulta a jornada de trabalho na tenda. As máscaras N95, equipamento mais indicado para trabalhadores expostos a ambientes contaminados, são entregues apenas uma por mês para cada funcionário.

Além disso, os profissionais também relataram problemas com os óculos de proteção. “O próprio nome já diz, é individual! Mas os óculos de proteção, por exemplo, estavam sendo de uso coletivo. Você usava os óculos no plantão, devolvia todo contaminado para a farmácia e depois, no outro dia, te davam esses mesmos óculos que foram passando de um para o outro”, disse um ex-funcionário.

O hospital de campanha de Cotia chegou a receber, há cerca de duas semanas, a doação de 200 óculos de proteção. A doação foi feita pela empresa Essilor através Fundo Social por meio do “Cotia Solidária”. A prefeitura foi questionada sobre as máscaras N95, mas não respondeu.

Os ex-funcionários da tenda ouvidos pelo O Repórter Regional também falaram sobre os materiais que foram emprestados por outras unidades. De acordo com eles, o suporte de apoio para aferir a pressão é emprestado da unidade de saúde do Pq São George. Cadeiras e macas também foram realocadas de outros postos.

Mas o problema mais grave, de acordo com uma técnica de enfermagem, está na falta de respiradores. “A gente só tinha dois respiradores lá. Na verdade, tinham três, mas um era emprestado do São George e foram buscar. Aquelas pessoas estão tudo morrendo, agonizando, porque não tem respirador.”

SUBIR ESCADA COM OXIGÊNIO PARA USAR O BANHEIRO

Os pacientes que ficam internados no hospital de campanha de Cotia também enfrentam outra dificuldade, que foi relatado por um dos profissionais. Segundo ele, apenas um banheiro feminino, que fica no térreo, não precisa de escada para acessá-lo. Como quase todos os pacientes usam oxigênio, os profissionais optam por levarem os doentes a esse, já que os outros banheiros encontram degraus pela frente. Mas aí encontram um problema: a fila, que faz com que passem por aperto junto aos pacientes.  

“Aí você tem dois pacientes querendo usar o banheiro e não tem como. Nos outros banheiros, você tem que subir uma escadinha. Nós temos que ir com o cilindro grande na mão, desconectá-lo e colocar um menor, que dê para carregar. Aí levamos junto com o paciente, subimos a escada para ele usar um banheiro e a gente vai junto com o oxigênio pequeno. Esses banheiros não poderiam ter escada. Escada para paciente que não consegue respirar e segurando oxigênio?” Tem paciente com diarreia, sobe outro e o banheiro está todo sujo.”

LENÇOIS, COBERTORES E FRIO

Josélia Santos Mariano, 32, foi internada no hospital de campanha de Cotia no dia 26 de abril. Ela aguardou por mais de nove horas o resultado do teste rápido, para saber se estava ou não com covid-19. Após ter enfrentado frio, ausência de cobertores e lençóis, a paciente foi transferida no dia 1º de maio para o Hospital Regional de Cotia, onde veio a óbito três dias depois.  

Ela chegou a fazer uma postagem em seu perfil no Facebook, quando ainda estava internada na tenda. Leia abaixo.

“Aqui dentro deve estar uns 9 graus. Depois de muito pedir, me deram apenas um lençol para que eu passasse essa noite. Questionado sobre as condições, o enfermeiro mandou eu ligar em casa e pedir cobertor. Como alguém que tem um quadro de pneumonia como eu, ou está com covid-19, pode passar uma noite gelada? A cama é forrada com papel, que se rasga na primeira sentada. Será que isso realmente é um hospital de campanha? Ou a Prefeitura de Cotia está apenas concentrando para morrermos mais rápido, pois sem o diagnóstico correto é isso que vai acontecer”, escreveu (veja aqui).

A família suspeita que ela tenha contraído o vírus no hospital da tenda. Mariana, irmã da vítima, disse que ela não tinha praticamente nenhum sintoma antes de ir para a unidade. “Ela só tinha um pouco de falta de ar, por conta da pneumonia”, disse.

Mariana também chegou a presenciar diversas irregularidades quando esteve na unidade para passar por atendimento, uma delas, o não uso de máscaras de algumas funcionárias.

“Nós fomos fazer a segunda triagem lá na parte de dentro da tenda. As recepcionistas estavam sem máscaras. O supervisor delas também não estava usando. Tinha uma recepcionista que ficava andando de triagem em triagem, de ala em ala, sem máscara também”, relatou.

Maria Lúcia dos Santos, 50, filha de dona Julieta Maria dos Santos, que morreu no hospital de campanha de Cotia, conforme noticiado pelo O Repórter Regional na última quinta-feira (18), chegou a relatar à reportagem sobre a falta de cobertores e roupas na unidade.  

“A minha mãe estava com a mesma roupa desde o dia que foi internada. Eu levei cobertor, minha mãe estava morrendo de frio. Mas lá não tinha. Lá é muito frio. Eu até levei roupas para ela”, disse, dois dias antes do óbito de sua mãe.   

Segundo os ex-funcionários da unidade, uma doação de cobertores chegou no final de semana passado.

ACESSO NEGADO

Desde quando começou a receber denúncias sobre o hospital de campanha de Cotia, O Repórter Regional vem tentando entrar na unidade para ver de perto a situação. Isso desde quando a tenda ainda estava com poucos pacientes internados. Hoje, segundo funcionários, dos 50 leitos, mais de 30 já estão ocupados.  

A primeira solicitação foi feita via assessoria de imprensa da prefeitura no dia 21 de abril, mesmo dia em que um canal de comunicação da cidade conseguiu autorização para adentrar à tenda. Depois de não ter conseguido, a reportagem enviou a solicitação por mais duas vezes, porém, as tentativas foram frustradas (veja aqui). 

No dia 22 de abril, a equipe aguardou das 10h às 11h30 e não foi atendida. Dois dias depois, conseguiu falar com a Renata Santos, que era responsável pelo hospital, que negou a prestar qualquer informação referente aos atendimentos no local.

A reportagem, na ocasião, questionou a quantidade de pacientes que havia internado, o estado de saúde deles, se havia ou não respiradores, se o espaço tinha ou não capacidade e estrutura para casos mais graves, que precisam de ser entubados, por exemplo. Nenhuma resposta foi dada.

Questionada sobre o número de mortes que ocorreram no hospital de campanha, a prefeitura informou que a Vigilância Epidemiológica, por estar sobrecarregada, não teria condições “de esmiuçar cada caso de forma isolada”, já que vem disponibilizando os casos confirmados, descartados, entre outros dados.

CONTRATO DE R$2 MILHÕES

Com prazo de vigência para três meses, podendo ser prorrogado por igual período, o contrato do hospital de campanha de Cotia é de pouco mais de R$2 milhões.

Na tenda 1, o valor é de R$1,89 milhão, na tenda 2 é de R$136,5 mil, na tenda 3 de R$504 mil, na tenda 4, onde funciona o refeitório, é de R$105,7 mil, o gerador de energia no valor de R$60 mil e os sanitários contêiner de R$15,8 mil.

O Centro de Combate e Referência ao Coronavírus, localizado ao lado do Terminal Metropolitano de Cotia, começou a funcionar no dia 6 de abril e foi construído em dez dias.

DENÚNCIAS ENCAMINHADAS

Todas as denúncias foram encaminhadas ao Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (Coren-SP) e ao Sindicato dos Enfermeiros do Estado de São Paulo (SEESP). A reportagem aguarda um posicionamento das entidades.

A reportagem também procurou, via e-mail, a Secretaria de Saúde de Cotia, por meio da assessoria de imprensa da prefeitura, e o Instituto Bom Jesus. Até o fechamento desta matéria, não houve retorno. Caso haja, editaremos as respostas com o posicionamento das partes.

 

 

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