Escolas devem identificar os avanços e as dificuldades dos estudantes e garantir o direito de todos à Educação, sobretudo após um ano de recomposição de aprendizagens.Enquanto algumas redes adotam a avaliação por desempenho, outras têm algum tipo de progressão continuada. No primeiro caso, a escola decide, por meio de processos avaliativos, se o aluno deve ser retido ou aprovado ao final de cada ano. No segundo, estabelecem-se ciclos nos quais os alunos não podem ser reprovados, ou seja, avançam automaticamente. Esses ciclos variam de acordo com a estratégia de cada rede de ensino.
A progressão continuada, porém, não pode ser confundida com a aprovação automática. Ela consiste em uma estratégia usada para organizar a aprendizagem em ciclos, mais amplos do que os anos construindo formas de constantemente recompor as aprendizagens. No entanto, se ela for mal implementada, recai na aprovação automática, e o aluno passa de um ano ao outro, mas sem orientação, avaliação e acompanhamento adequado das aprendizagens.
Aprovar ou reprovar?
Apesar dos problemas da reprovação, os próprios especialistas admitem que há casos em que, sim, a retenção é necessária. Ela não pode ser a única estratégia de garantia das aprendizagens adotada pelas escolas, mas, em determinadas situações, pode ser uma delas.
Nas escolas, a decisão por aprovar ou reprovar é tomada nos conselhos de classe, envolvendo tanto os professores quanto a equipe gestora. “O professor tem a sua visão da sala de aula, e, do nosso lado, temos a visão dos contextos social e familiar”.
Tanya Torrico
Professora
Mestre em Educação
Doutoranda pela UNIFESP