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Um dia (não)histórico: a posse de Donald Trump

E nesta seara que reina a contradição.

Redação
Por: Redação
25/01/2025 às 16h14 Atualizada em 25/01/2025 às 16h27
Um dia (não)histórico: a posse de Donald Trump
Posse de Donald Trump

Na última segunda-feira (20), na rotunda do capitólio, em Washington, DC, foi realizada a cerimônia de posse do 47 (quadragésimo sétimo) Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Após perder sua recondução a Casa Branca em 2020, em que na ocasião o Democrata Joe Biden saiu como vencedor, o Republicano volta ao cargo executivo mais importante do país.

Com massivo apoio de grandes influenciadores econômicos e sociais, em especial o magnata Elon Musk, sua cerimônia de posse foi marcada por discursos preconceituosos e, também, um pouco quanto agressivo, num dia - historicamente - tão importante para os ativistas dos direitos humanos.

E nesta seara que reina a contradição. Há mais de 40 anos, os estadunidenses - especialmente as minorias étnicas raciais e sociais - comemoram o dia do Martin Luther King Jr. (MLK day), um dos maiores ícones da luta antirracista do planeta terra.

Em uma época em que reinava as Leis de Jim Crow, o reverendo evangélico ousou lutar contra as injustas agressões físicas, morais e psicológicas que acometia a população afro-americana, ocasionadas pelo racismo separatista.

Reviver sua memória é basicamente lembrar que a luta pela igualdade racial continua a todo vapor. E um dia, teremos a realização da completude do seu discurso: “i have dream”. Porém, não momentaneamente. E por mais que haja uma coincidência de datas, os objetivos são completamente diferentes.

Nos próximos 4 anos, o atual Presidente Donald Trump efetivará medidas totalmente opostas daquelas que o Martin Luther King Jr. sempre lutou. O Republicano, em seu primeiro discurso e ato funcional, negou a existência do racismo e todas as formas de preconceitos, alimentando cada vez menos os empenhos que as minorias estadunidenses alcançaram secularmente para chegarem até aqui.

A inclusão das diversidades perderá espaço, abrindo margem ao discurso meritocrático, ensejando em responsabilização do indivíduo por seu próprio fracasso. Mas no todo, sabemos que essa guinada favorece os donos do poder, fazendo com que esses se desprendam aos atuais conceitos reformistas do capitalismo, o ESG.

Serão tempos sombrios e de insegurança. Todas as conquistas da comunidade estadunidense está em cheque. As minorias definitivamente sofrerão com os devaneios do Republicano, capaz de respirar e transpirar ódio, embate, separatismo, guerra e violência.

Uma pena, sinceramente. 

E para aqueles do sul global, pior ainda. As periferias do capitalismo terão dias difíceis, o imperialismo tomará as rédeas com a premissa de “levar a democracia”, para assim justificar seus crimes de guerra.

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Wallacy Macedo
Wallacy Macedo
Dr. Wallacy Santana OAB/SP 494.067
Bacharel em Direito, Advogado, Pós-graduado em Direito Imobiliário e Pesquisador, especialista em Direito e Processo Penal e Criminologia, Colunista Político e Graduando em Gestão de Políticas Públicas - Tecnólogo
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