A FUVEST, Fundação Universitária para o Vestibular, que desde 1976 organiza as provas vestibulares para o ingresso na USP – Universidade de São Paulo, apresentou recentemente as novidades para as próximas edições. As mudanças começarão na diagramação das provas com novo grafismo que visa a auxiliar na leitura dos textos e questões das provas. A redação, tradicionalmente com foco nos gêneros textuais dissertativos – argumentativos, poderá ter também a cobrança de gêneros como cartas ou crônicas.

A clássica lista de livros de leitura obrigatória passará a ter somente autoras femininas. A mudança valerá para as edições de 2026, 2027 e 2028. 

Confira a lista completa:

• Opúsculo Humanitário (1853) – Nísia Floresta 

• Nebulosas (1872) – Narcisa Amália 

• Memórias de Martha (1899) – Julia Lopes de Almeida 

• Caminho de Pedras (1937) – Rachel de Queiroz 

• O Cristo Cigano (1961) – Sophia de Mello Breyner Andresen 

• As Meninas (1973) – Lygia Fagundes Telles 

• Balada de Amor ao Vento (1990) – Paulina Chiziane 

• Canção para Ninar Menino Grande (2018) – Conceição Evaristo

• A Visão das Plantas (2019) – Djaimilia Pereira de Almeida 

A seleção preza autoras já cobradas anteriormente pela FUVEST, como Ligia Fagundes Telles e Rachel de Queiroz. 

FUVEST aproxima-se do ENEM

Em sintonia com o ENEM – Exame Nacional do Ensino Médio, as questões serão mais interdisciplinares, integrando diversas áreas do conhecimento e passando a ter conteúdos como Sociologia, Filosofia e Educação Física. 

As mudanças visam aproximar o certame da realidade do Ensino Médio e das lutas pela visibilidade e debate da produção literária negra e feminina. 

Nova identidade

A FUVEST apresentou também nova identidade visual, mudando sua logomarca e site, seguindo também a linguagem da internet. “ A opção pelo destaque no trecho ‘Fuv’ da palavra ‘FUVEST’ também não foi por acaso, já que os vestibulandos frequentemente usam o termo ‘Fuv’ nas redes sociais”, explica o professor Gustavo Mônaco, diretor-executivo da instituição.